PRIMAVERA

PRIMAVERA
BOTTICELLI

VENUS

VENUS
Alexandre Cabanel

CLEÓPATRA

CLEÓPATRA
Thomas Frances Dicksses

OPHELIA

OPHELIA
Alexandre Cabanel

Morte de Cleópatra

Morte de Cleópatra
Gianpietrino

Alexandre Cabanel - França -

Alexandre Cabanel - França -
Alexandre Cabanel

segunda-feira, 11 de abril de 2011

OS DRUIDAS E O DRUIDISMO

DRUIDA

Nome dos primitivos Sacerdotes gauleses e bretões. Formando uma classe sacerdotal hierarquizada, os Druidas presidiam os sacrifícios, praticavam a adivinhação e a magia, tinham as funções de educadores e juízes além de conservarem a memória e tradição de bretões e gauleses. Na Gália mantinham uma grande assembléia, única instituição comum a todo país, na floresta dos Carnutos.Defensores do Celtismo e da nção gaulesa foram combatidos por Roma que proscreveu o Druidismo.



QUEM ERAM OS DRUIDAS

Os Druidas eram um grupo privilegiado entre os Celtas, composto por Sacerdotes,juizes, doutores,  adivinhos, magos, médicos, astrônomos, etc. Eram grandes conhecedores da ciência dos cristais.



"Os druidas eram considerados intermediários entre os homens e os deuses e atuavam também como juízes, magos e professores", afirma Pedro Paulo Funari, professor de História e Arqueologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).


Os druidas eram sacerdotes em tempo integral, eles tinham o privilégio de não pagar impostos e nem servir ao exército de Roma. Seus rituais incluíam sacrifícios humanos e, principalmente, o culto à natureza, toda ela considerada encantada por espíritos das árvores, bosques, lagos, fontes, cachoeiras e animais.

Etimologicamente, a palavra druida deriva do galo dru-(u)id, que tinha o sentido de 'dono da ciência' ou 'muito sábio' entre os galos, povo pertencente ao tronco celta situado principalmente nos territórios das atuais, França, Bélgica e Luxemburgo a partir do ano 1000 a.C., aproximadamente.




Sua crença principal era a imortalidade do ser, visto que seus mortos continuavam vivendo em outro mundo, identificado como subterrâneo, onde o morto acompanhava seus deuses; os enterros celtas não eram diferentes. O corpo do morto era enterrado com todo tipo de objetos cotidianos, pois seu uso continuaria para sempre.



Apesar de sua elevada posição social, a estrutura social dos povos celtas fez com que participassem de todos os trabalhos da comunidade, tanto nos agrícolas como nas campanhas militares, embora sua principal ocupação era a educação dos jovens, a arbitragem nos litígios ocorridos entre as diversas tribos e a celebração dos diferentes ritos religiosos (especialmente os sacrifícios).







A ÁRVORE DA VIDA


As arvores por si sós já eram sagradas para os Druidas. Este símbolo representa também a transmutação e o regresso ao mesmo ponto, um ciclo interminável e natural, pelo fato de as raízes e a copa estarem unidas. Podemos retirar também a relação com os Mundos (Supramundo, Mundo e Submundo). O fato de o Superior e o Inferior estarem unidos por nós nada mais é que a afirmação “o que há em cima, há em baixo”. As arvores, além de guardar os mistérios do universo, são os portais para o mundo dos Deuses. Elas representam o equilíbrio e elo entre os elementos da natureza. A Yggdrassil para os Nórdicos era uma arvore colossal que sustentava todos os mundos e reinos. Os druidas cultuavam o mesmo e por isso que eram os “Sábios das Arvores”.

A palavra Druida significa “Aquele que tem conhecimento do Carvalho”.



O carvalho, nesta acepção, por ser uma das mais antigas e destacadas árvores de uma floresta, representa simbolicamente todas as demais. Ou seja, quem tem o conhecimento do carvalho possui o saber de todas as árvores. Está intimamente ligado ao título de “Aquele que trabalha com a madeira” vindo dos tempos do Rei Salomão e da Arca e, para quem não caiu a ficha ainda, o mesmo título de “Mestre Carpinteiro” dos antigos Essênios. A ritualística druida é muito parecida com o cristianismo primitivo da doutrina Cátara.


É importante dissociar as palavras “Druida” de “Celta” porque muita gente faz confusão. Celta é o nome do povo, enquanto Druida é o nome dado a uma casta de sacerdotes especiais que viviam entre os celtas e agiam como conselheiros destes. É a mesma relação entre “judeus” e “rabinos”.







Carvalho

A ligação dos Druidas com as Árvores se dá ao tratamento de respeito e troca que se praticava nos tempos antigos, sabendo-se que a madeira era o único combustível, usada também na construção de casas. A madeira era utilizada com respeito e honra, compreendida como sagrada e mantedora da vida.




A vida cotidiana de um Druida estava apoiada na estrita subserviência a estas regras e na observação da natureza, onde descobriram os usos medicinais; o respeito pelos bosques como lugares sagrados era outra de suas ocupações, para o qual contaram com o apoio da aristocracia militar das comunidades celtas.

O hermetismo destes ritos, assim como seu caráter oral, fazia com que a capacidade mais admirada pelos druidas fosse sua memória, por isso seus sucessores na tribo deviam se destacar desde jovens nesse sentido, além de jurar honrar sempre aos deuses (o conhecimento era secreto), não obrar imprudentemente e estar sempre disponíveis para os serviços que demandasse a comunidade.





                                         O geógrafo grego EstrabãoO geógrafo grego Estrabão
afirmava que os druidas faziam sacrifícios humanos cujas vítimas eram homens consagrados, embora nenhum indivíduo pertencente à casta druídica podia ser sacrificado. Os sacrifícios humanos estavam estreitamente relacionados com a adivinhação.

Sabe-se, além disso, que entre os conhecimentos transmitidos de forma oral e esotérica pelos druidas estavam os relativos à magia, ao uso de ervas, cabelos e águas medicinais e a determinação de dias fastos e nefastos, etc.

Este tipo de conhecimento druídico, afirmava alguns historiadores antigos, se relaciona também com as rituais pitagóricos gregos.

De acordo com estudiosos, a autoridade do druida estava muitas vezes acima da autoridade do rei, com o qual os sacerdotes druidas desempenhavam um papel importante, a primeira palavra era sempre a deles, e nas eleições, eram os druidas que regulamentavam e orientavam.

O druida, além de desempenhar normalmente as funções de juiz penal e de juiz legislador, podia exercer também em muitas ocasiões o papel de árbitro de qualquer questão política ou conflito interno que tivesse lugar dentro da comunidade, e inclusive de mediador entre várias comunidades

AS SACERDOTISAS DRUIDAS




As mulheres célticas gozavam de mais liberdades e direitos do que as de outras culturas contemporâneas, incluindo-se, até mesmo, o direito de participarem de batalhas, e de solicitarem divórcio. Neste contexto havia mulheres druidas. Na cultura druidica, portanto, a mulher tinha um papel preponderante pois era visa como a imagem da Deusa.



No contexto religioso os Druidas eram sacerdotes e sacerdotisas dedicados ao aspecto feminino da divindade, a Deusa Mãe. Embora cultuassem a Deusa Mãe mesmo assim admitiam que todos os aspectos expressos a respeito da Divindade eram ainda percepções imperfeitas do Divino. Assim, todos os deuses e deusas do mundo nada mais eram do que aspectos de um só Ser Supremo - qualquer que fosse a sua denominação visto sob a ótica humana.

Há dados, por exemplo, de uma comunidade de sacerdotisas femininas que Pomponius Mela localizou em Sena, à beira do Mar Britânico: conforme parece, estava formada por nove sacerdotisas virgens especializadas em profetizar o futuro e realizar curas mágicas, mas também em provocar tempestades e em transformar pessoas em animais, ações deste tipo contribuíram para associarem as druidesas às bruxas.

É possível que ecos destes cultos druídicos femininos sobrevivessem, por exemplo, nos ritos realizados pelas monjas do monastério irlandês do Kildare, que mantinham um fogo perpétuo em honra da Santa Brígida, Santa cristã, continuação de uma antiga divindade indo-européia.










OS MANDAMENTOS DRUIDICOS


O seu ensinamento compunha-se de três mandamentos:



1. Obediência às leis divinas. Sendo Deus considerado como Inteligência cósmica (os gregos falavam de «Logos-Inteligência», esta obediência pressupõe que existe no homem o princípio de Vontade, característico da Divindade.

2. Interesse pelo bem-estar do meio social, quer dizer da humanidade e do clã. Isto exige uma noção de Amor, segunda característica desta divindade com múltiplas formas que não pode ser representada.

3. Suportar com coragem todos os embates da vida, quer dizer ser-se estóico, ter uma filosofia de vida. Como a História o demonstrou, estes povos tiveram uma enorme capacidade para aguentar o sofrimento e para enfrentar a adversidade. Para que isto seja possível é necessário a Inteligência: para saber calar e renunciar quando é preciso, e agir no momento exacto.

A característica desta divindade, que é ao mesmo tempo Una e Tripla é estar dividida em três, seguindo as três virtudes básicas: Vontade, Amor e Inteligência.

Estes três «mandamentos» podem ser vividos individual ou colectivamente e estão relacionados com os três graus de sacerdócio.

AS TRÍADES



Léon Denis, no capítulo VII de O Gênio Céltico e o Mundo Invisível, faz uma descrição pormenorizada das Tríades. Resumamo-la. O corpo da teologia druídica era baseado nas tríades. As Tríades eram formadas, utilizando-se de três tipos de ensinamentos, em que cada um completava os outros dois. Seria como o filho numa família constituída de pai e mãe. Quer dizer, para que o filho exista deve existir antes um pai e uma mãe. Faltando o pai ou a mãe, o filho não pode vir à luz. Nesse sentido, os ensinamentos são transmitidos de forma lógica, em que se atrelando um ao outro, tem-se todo o sistema organizado.

Conforme as "Tríades" druídicas há três fases ou círculos de vida: no annoufn, ou círculo da necessidade, o ser começa sob a forma mais simples; no Abred ele se desenvolve, vida após vida, no seio da humanidade e adquire a consciência e o livre-arbítrio; finalmente, no Gwynfyd, ele desfruta a plenitude da existência e de todos os seus atributos, libertado das formas materiais e da morte, ele evolui para a perfeição superior e atinge o círculo da felicidade.

Síntese das tríades: passar do abismo Annoufn para as alturas sublimes do Gwynfyd.

Desta série de tríades, as onze primeiras são consagradas à exposição dos atributos de Deus, como vemos a seguir:

DEUS E O UNIVERSO

I - Deus, verdade e ponto de liberdade;

II - Três coisas procedem de Deus: toda vida, todo bem e todo poder;

III - Deus é necessariamente três coisas: vida, ciência e poder;

IV - Três coisas Deus não pode deixar de ser: o que deve constituir, querer e realizar o bem perfeito;

V - Três garantias do que Deus faz e fará: poder, sabedoria e amor infinito;

VI - Três fins principais da obra de Deus: diminuir o mal, reforçar o bem e esclarecer toda a diferença;

VII - Três coisas Deus não pode deixar de conceder: vantajoso, necessário e belo;

VIII - Três forças da existência: não poder ser de outro modo, não ser necessariamente outra e não poder ser melhor pela concepção;

IX - Três coisas prevalecerão necessariamente: o supremo poder, a suprema inteligência e o supremo amor de Deus;

X - As três grandezas de Deus: vida perfeita, ciência perfeita, poder perfeito;

XI - Três causas originais dos seres vivos: amor, sabedoria e poder divino.

OS TRÊS CÍRCULOS

XII - Há três círculos de existência: o círculo da região vazia (cegant) onde - exceto Deus - não há nada vivo nem morto e nenhum ser que Deus não possa atravessar; o círculo da migração (abred) onde todo ser animado procede da morte, que o homem atravessou; o círculo da felicidade (gwynfyd), onde todo ser animado procede da vida, que o homem atravessará no céu.

XIV - Três fases necessárias de toda a existência em relação à vida: começo em annoufn, a transmigração em abred e a plenitude em gwynfyd; e sem estas três coisas nada pode existir, exceto Deus.

Em resumo: a doutrina dos druidas se baseia em três princípios fundamentais: a eternidade de Deus, a perpetuidade do Universo e a imortalidade das almas.


Em Breve =P


Triskele é um antigo simbolo druida que traduzido significa Energia Divina.



"O triskele celta é um elemento geométrico com três esferas sagradas que manifesta e representa a divindade, o princípio e o fim, a eterna evolução, o movimento, a vibração e a perpétua aprendizagem. É representado com três espirais em movimento, que são a manifestação da energia divina. Transportar este símbolo druidico, é como levar os deuses consigo. (...) É igualmente um simbolo das portas que se abrem para entrar no plano energético dos deuses. (...) Mas o triskele pode ter diferentes significados: a tripla manifestação da energia divina - Força, Sabedoria e Amor - que se relaciona com as 3 classes sociais dos antigos celtas: Guerreiros, Druidas e Produtores. Pode igualmente representar a Água, o Céu e a Terra que com o seu movimento se reúnem todos no 4º elemento, o Fogo, representado pelo círculo k os envolve. (...) Pode ainda representar as 3 manifestações que tornam possivel a evolução humana: Corpo, Alma e Mente. Em suma, quem possuir um triskele pode escolher a representação que melhor se adapte ao seu eu interior."




Os celtas consideravam o três como sendo um número sagrado.


"Basta ver que a sabedoria dos celtas, tanto na Irlanda quanto no País de Gales, foi preservada através das tríades"


Triskle é um símbolo celta que representa as tríades da vida em eterno movimento e equilíbrio.





* nascimento, vida e morte



* corpo, mente e espírito


* céu, mar e terra


Este importante símbolo, também conhecido como triskele, triskelion ou tryfot, é uma espécie de estrela de três pontas, geralmente curvadas, o que confere ao símbolo uma graciosa fluidez de movimento. Pode ainda ser definida como um conjunto de três espirais concêntricas. É um dos elementos mais presentes na arte celta, e tem sua origem atribuída aos povos mesolíticos e neolíticos. O triskele é um antigo símbolo indo-europeu. Também era utilizado por povos germânicos e gregos.

Descrição: Uma espécie de estrela de três pontas inserida em um círculo, ou três espirais “com pernas” ligadas de forma triangular dando idéia de movimento. Possui diversas variações dentro da arte de “trançar” dos povos celtas.

Tempo e Espaço: Tem sua origem ligada aos povos indo-europeus (que deram origem aos Celtas e Nórdicos), tendo achados arqueológicos que lhe remetem uma idade superior a 5.000 anos (3.000 a. C). Entre os celtas era um símbolo diretamente ligado ao fluxo das estações, já que eles, só contavam três (3); Primavera, Verão e Inverno. Alguns estudiosos definem que os povos celtas de algumas regiões acreditavam em somente 3 elementos: O Céu (ar), A TERRA (terra e fogo) e o Mar (água). Tudo isso comprova a tese de que os Celtas consideravam o três como sendo um número sagrado. Atualmente as Igrejas Irlandesas Cristãs utilizam muito dos símbolos celtas sincretizados a conceitos cristãos no intuito de preservar parte das raízes históricas, culturais e religiosas da Irlanda.

Alquimia e Ocultismo: Não é citado ou comumente utilizado por grupos conhecidos, tendo, no máximo, algumas corruptelas de seus desenhos inseridas devido ao simbolismo triplo também presente nos meios ocultistas.

Tradições (neo)Pagãs: Está diretamente ligado as energias tríplices, tais como magnetismo, eletricidade e neutralidade. A planos de existência; físico, mental e ESPIRITUAL . A aspectos familiares; Pai, Mãe e Filhos. A processos da existência; Vida, Morte e Renascimento e entre a grande maioria das religiosidades e tradições, principalmente as ligadas a WICCA , representa os aspectos da Deusa; Virgem, Mãe e Anciã, tendo na conexão ou no círculo o quarto aspecto, a ceifadora. Sendo assim um símbolo de poder e exaltação da Grande Mãe

Comparativos: Para os pagãos é um símbolo de continuidade, de fluxo das estações e da Grande Mãe, para os Cristãos é um símbolo do poder de Deus e da Trindade.

Curiosidades: É um dos símbolos mais utilizados para se fazer tattoos tribais, e apesar de muitos o utilizarem por seus significados religiosos boa parte das pessoas inserem tal símbolo somente por sua beleza.



Os Celtas consideravam o três como sendo um número sagrado. A primitiva divisão do ano em três estações - primavera, verão e inverno - pode ter tido seu efeito na triplicação de uma deusa da fertilidade com a qual o curso das estações era associado.



Ou seja, o triskle, com suas três pontas, está associado ao fluxo das estações e por conseqüência representa a própria Deusa. Ademais, temos uma conexão óbvia com as três faces da Deusa (Donzela, Mãe e Anciã), bem como às três fases da lua (crescente, cheia e minguante), ou ainda com nossa natureza tríplice (corpo, mente e alma). Assim sendo, fica clara a importância do triskle para a religião da Deusa. Sua presença em achados arqueológicos em terras celtas, da Irlanda à Europa Oriental, atesta sua ampla adoção pelos Antigos.



Como talismã,atrai as três principais qualidades femininas – a intuição, a ternura e a beleza – e ajuda a obter proteção contra todos os males. A divindade relacionada a esse talismã é a própria natureza.





Hoje estamos no século XX, considerado mais evoluído do que na Antigüidade. Porém nada nos impede de supor Espíritos, já naquela época, mais evoluídos do que nós, uma vez que as verdades são eternas e estão disseminadas no espaço sideral.

 

sábado, 9 de abril de 2011

TEOLOGIA GNÓSTICA OU GNOSIS




A SABEDORIA GNÓSTICA 

A“ Gnose é um ensinamento cósmico que aspira restituir dentro de cada um de nós a capacidade de viver consciente e inteligentemente.” Samael Aun Weor


Esta é uma das definições para o movimento gnóstico que acaba sempre num denominador comum: Gnóses quer dizer conhecimento espiritual, intuitivo, revelador de cada ser.

Outra questão é de separar o gnóstico do herético, do que é considerado bruxaria, porque é claro que foi um movimento sufocado por ter tais características segundo a religião católica romana que defina o que era e não era coisas anti-Cristãs.

“Os princípios básicos da Grande Sabedoria Universal são sempre idênticos. Tanto Buda como Hermes Trismegisto, Quetzalcoatl ou Jesus de Nazaré, o Grande Cabir etc., entregam uma mensagem; cada uma destas mensagens do Alto, em si mesma, contém os mesmos princípios cósmicos de tipo completamente impessoal e universal. O corpo de doutrina que estamos entregando agora é revolucionário no sentido mais completo da palavra, mas contém os mesmos princípios que o Buda ensinou em segredo a seus discípulos ou os que o Grande Cabir Jesus entregou, também em segredo, a seus discípulos. É o mesmo corpo de doutrina, só que agora está sendo entregue de forma revolucionária de acordo com a nova Era de Aquário.”

Querer saber quem eu sou, de onde vim e para onde vou tem sido sempre uma curiosidade diante de tudo que passamos, presenciamos e não entendemos. A Gnose responde a esta necessidade primordial.

Gênese, Ser, Deus, Homem

“HOMO NOSCE TE IPSUM” (Homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e os Deuses).


Desde os tempos mais remotos todos, mulheres e homens buscam respostas, ressaltando que nem todos, porque muitos se dedicaram as guerras, conquistas, pilhagem, assassinatos e o conceito Gnóstico não cabe em um ser humano ambicioso e desde as primeiras civilizações, as primeiras tribas, muitos tinham apenas a necessidade de conquistar e governar.

Excluindo conceitos deturpados para homens durante toda a história protagonizar morte e violencia, Está escrito que “A glória de Deus consiste em esconder seus mistérios e a do homem em descobri-los”.


Encontrar por si mesmo a solução exata para todos os arcanos da Natureza não pode ser nunca, portanto, uma heresia ou um desatino, sendo sim este o mais digno e exaltado direito que possui toda criatura.

Mas pensar por si só, ter suas convicções, intuições entre outras coisas, ainda hoje pode ser mal interpretado, imagine no passado, em inumeras épocas?!!

O objetivo da Gnose (ou ciência do autoconhecimento revelador) não é algo que se apóia em sonhos ou fantasias sem fundamento ou uma crença herética, como pretenderam entender os servos  das religiões de todos os tempos. Muito pelo contrário, a Gnose foi, é e sempre será o SUMMUM DO CONHECIMENTO ETERNO, que permitiu a todas as formas filosóficas, místicas ou religiosas adentrar no terreno das verdades absolutas e, deste modo, oferecer à humanidade um caminho a seguir para chegar ao reino imutável da verdade.

É certo, como bem expôs o V. M. Samael Aun Weor, que a verdade é “o desconhecido de momento em momento e por isso apóia-se na profunda intimidade de cada ser humano”.

Ou seja, eu tenho meu modo de ver, sentir, intuir, pedir, orar, sem que absolutamente ninguém interfira ou dite regras, seja dono de verdades.

O meu SER de filosofia secreta não é questão de conceitos ou de pareceres ideológicos. Trata-se, pois, de uma disciplina voluntariamente assumida, praticada de uma maneira incessante até se conseguir, depois de múltiplos esforços físicos, éticos ou espirituais, sentir e vivenciar em mim, no meu íntimo, a real conformidade como meu  espírito. Para se conseguir algo, é necessário conhecer a metodologia que há de nos levar a tal fim e, tratando de conseguir isso que é a raiz de nossa existência, isso que está além do tempo e da relatividade (com todas suas variantes), é óbvio que necessitamos de um guia sólido capaz de nos garantir o triunfo final como prêmio para nossas inquebrantáveis lutas.
A Gnose, porque ela, em si mesma, é AUTO-SUFICIENTE, AUTODIDATA E AUTOCOGNOSCITIVA. Daí emerge a idéia de que “a Gnose pertence à intimidade sagrada de cada indivíduo”. Quero apenas apontar, ante o veredicto solene da consciência pública, os parâmetros que identificam filosoficamente e metafisicamente as posturas que o gnosticismo de todos os tempos sustentou dentro do marco doutrinário.

                                  


Muito se vê, hoje em dia, sobre o mundo das seitas ou das pseudo-religiões que criam sobre as pessoas um verdadeiro caos mental. Demonizam outras religiões, interpretam os ensinamentos de modo a influenciar as pessoas que tentam um caminho menos árduo, seja através dos Livros Sagrados e palavras, fazendo um verdadeiro negocio religioso, qual seja, você tem o paraíso, paz, emprego mas em troca dê-me seu dinheiro, acate o que digo e os outros estão errados em seus pensamentos e atitudes. Acaba-se criando uma antipatia gratuita de pessoas que são de outras religiões e as que não são. Muitas se resumem em comécio e modo de vida.

                                   

Alguns sábios filósofos disseram: “a Gnose sempre aparece em momentos cruciais, em que a humanidade se sente despojada de seus princípios divinos e proporciona, então, ao homem, uma nova visão sobre o porquê da sua existência e da própria criação”. A Gnose vive nos fatos e desfalece nas abstrações subjetivas do intelectualismo. A Gnose desvela de forma científica tudo aquilo que está contido nos diversos tratados que emanaram de homens ou mulheres que no mundo conheceram o SER.
Maria, Ser, Deus, Homem

Os gnósticos desprezam a letra que mata e buscam o espírito que vivifica. Para compreender as verdades eternas, temos que nos liberar de toda classe de preconceitos sociais, de tradições dogmáticas e de medos de toda natureza para então poder experimentar o cru realismo disso que é divino…

A Gnose sempre nos convidará ao despertar e para isso insiste, de forma reiterativa, sobre a necessidade de ativar todos os mecanismos psíquicos e biológicos dos quais estávamos dotados desde o amanhecer da criação, para um dia abrir nossos olhos e testemunhar a majestade que envolve o Pai de todas as coisas…

Diremos, então, que “DEUS NÃO TEM FILHOS PREFERIDOS, MAS SIM FILHOS QUE O PREFEREM”.

                        

Karl Gustav Jung, nascido em 26 de julho de 1875, no lugarejo de Kresswil, Cantão de Thurgau, Basiléia, Suíça. Jung foi – e ainda é – vítima de um  fenômeno que ilustra bem o que estamos tentando dizer. Para muitos, Jung é considerado um homem religioso, um místico, um bruxo, um esoterista (mas, isso era a última coisa que passava pela sua cabeça). Mas, em vida sempre se negou a seguir e a professar a doutrina de seu pai (pastor luterano) ou qualquer outra religião. Suas inquietudes espirituais só foram preenchidas e resolvidas quando teve acesso à “Divina Gnosis” e à “Alquimia” – justamente duas formas do conhecimento antigo muito ligadas ao gnosticismo clássico.

É que Jung, como os gnósticos, negava-se a fazer parte de um sistema religioso morto. Por isso, dedicou sua vida à busca, à compreensão e à explicação de Deus como algo vivo, concreto e experimentável, fazendo dessa busca a base de todo o seu trabalho. Como conseqüência dessa atitude, que sustentou ao longo de toda sua larga existência, de um lado conseguiu o desprezo dos religiosos, crentes e teólogos por jamais aceitar, como vaca de presépio, as arengas de uma fé destituída de vida e conteúdo, e de outro, recebeu o descaso e o escárnio dos supostos homens de ciência (os que se dizem homens de saber). É que Jung não via nenhum inconveniente em mesclar Deus com os objetos da pesquisa científica ortodoxa – algo que horroriza hoje as mentes acadêmicas.




É aqui, então, que jaz o grande desafio de levar ao público não-iniciado os mistérios da “Divina Gnosis”, a mesma que deu a Jung (e a tantos outros ao longo da história) as respostas que buscava para suas inquietudes espirituais. Aqui, já aparece a primeira e grande diferença entre um “gnóstico” e um “crente”. O gnóstico sabe por experiência direta; não precisa seguir ninguém, nem a religião, nem a ciência. Já o crente é um seguidor, e, tudo que julga saber é extraído do trabalho de terceiros; é alguém sem idéias próprias; alguém que não aprendeu a pensar por si mesmo.

Um gnóstico não tem opiniões; ele vivencia por si mesmo as verdades e realidades do mundo, da vida e do universo. Um crente só tem opiniões porque jamais experimentou coisa alguma por si mesmo. Somente se limita a ler, a acreditar e a seguir teorias e dogmas – sejam eles científicos, filosóficos ou religiosos.

Ao contrário do que dizem os inimigos da Gnose, o gnóstico não é um fanático nem um inimigo social ou das religiões. Um gnóstico, simplesmente, quer saber por si só, diretamente, sem intermediários, e ir além da esfera das opiniões pessoais e das especulações meramente intelectuais. O gnóstico trabalha com capacidades desconhecidas de cognição que estão dentro de si para experimentar diretamente as grandes verdades do mundo real.

Todas as controvérsias que surgiram nos primeiros tempos do cristianismo – e que ainda são alimentadas no mundo moderno – são devidas, justamente, ao fato de a Gnose designar um conhecimento mais profundo das verdades dogmáticas que eram apresentadas aos fiéis da época. Teódoto, por exemplo, conceituava que “a filosofia gnóstica é como uma espécie de visão imediata da verdade”, ou seja – e isso é muito importante: gnose é algo distinto da simples erudição adquirida através de leituras e estudos teóricos. Especialmente nos dias atuais, quando a ciência e a educação preconizam um conhecimento puramente intelectual, empírico e mecânico, isso se torna importante.

Sem nenhum ranço de fanatismo, e apenas para salientar um aspecto da gnose em seu mais exaltado grau, o fato é que as lideranças políticas e religiosas de todos os tempos sempre temeram e detestaram a gnose e os gnósticos justamente por causa da implicação social das possibilidades que esse conhecimento oferece: um gnóstico não depende de ninguém e de nada porque se desapegou de tudo e de todos; vive de Deus e para Deus.

Para melhor compreender a profundidade das implicações dessa realidade, basta examinarmos algo da história e das tradições religiosas antigas. Por exemplo, Jesus respeitava as leis, a sociedade, a família, o governo, tudo. Mas, não era dependente do sistema religioso da época. Reuniu tal poder em si mesmo que, literalmente, podia tudo. Moisés, pelo poder divino que reuniu em si, conseguiu libertar o povo judeu do cativeiro no Egito, contra a vontade do Faraó. Buddha, quando conheceu a realidade da vida, largou tudo e buscou a iluminação (ou libertação do jugo e dos poderes da matéria). Enoch, pela sua fé e devoção, foi levado ao céu em corpo e alma. Isaías foi serrado ao meio porque se negou a comer alimento servido aos ídolos ou falsos deuses. Sócrates tomou cicuta e morreu feliz defendendo suas idéias até o último instante. Jâmblico, o grande mago, podia materializar Anjos e Deuses, e com eles conversava frente a frente. Samael Aun Weor, no século XX, devotou toda sua vida a aplainar os caminhos e a preparar o terreno para a vinda do Cristo em Aquário (algo que deve suceder após a Grande Catástrofe).

As principais características do gnosticismo primitivo são:

1. O conhecimento ou Gnose é obtido por revelação ou inspiração divina.

2. O objeto do conhecimento gnóstico é Deus e a relação do homem e do mundo para com Deus.

3. Este conhecimento ou gnose, por si só, opera a redenção de todo o mal, tornando o homem um ser imortal (pela disciplina iniciática). Já as principais características do gnosticismo atual podem ser resumidas da seguinte forma: A gnose é o conhecimento do que fomos (vidas passadas), do que somos (ontologia), de onde viemos (cosmologia), de onde estamos (conhecimento científico) e para onde iremos (escatologia). Isso implica em mergulhar profundamente dentro de nós mesmos para buscar o auto-conhecimento e o resgate da consciência de nossas vidas passadas, do que temos dentro de nós, em recônditas profundezas, em forma de qualidades, virtudes, dons e material psicológico para ser usado, trabalhado e transformado.

Em outras palavras isso equivale a explorar o infinito universo do Ser e realizá-lo dentro de nós, aqui e agora, neste plano existencial.


Não é exagero: os gnósticos estudam, pesquisam, investigam e buscam o conhecimento de TUDO. Não existem limites para um gnóstico. O gnóstico se caracteriza, se sobressai, justamente, por isso: é interessado e dedicado a tudo, a todos e a todas as coisas.O gnóstico busca superar todos os limites e barreiras que se lhe apresentam. Por isso, é muito comum um gnóstico ser chamado de gênio (além de herege e fanático). Gênio, Jina, Djin é o Ser que habita dentro de cada homem. A inteligência e a capacidade de compreensão e ntendimento do Gênio Interno é infinito por que o Ser é infinito, onisciente, onipresente.

A FÉ MORTA DOS IGNORANTES
Desde os primeiros séculos do cristianismo, quando o texto grego do Evangelho foi traduzido para o latim, principiou a funesta associação de crer com fé. A palavra grega para fé é pistis, cujo verbo é pisteuein. Infelizmente, o substantivo latino fides, correspondente a pistis, não tem verbo e, assim, os tradutores latinos viram-se obrigados a recorrer a um verbo de outro radical para exprimir o grego pisteuein: credere, que em português deu crer. Nenhuma das cinco línguas neo-latinas português, espanhol, italiano, francês, rumeno – possui verbo derivado do substantivo fides, fé; todas essas línguas são obrigadas a recorrer a um verbo derivado de credere. Ora, a palavra pistis ou fides significa, originalmente, harmonia, sintonia, consonância. Portanto, ter fé é estabelecer ou ter sintonia e harmonia entre o espírito humano e o espírito divino. Nos tempos modernos, é fácil estabelecer o seguinte paralelo ilustrativo: um receptor de rádio só recebe a onda eletrônica emitida pela estação emissora, quando o receptor está sintonizado ou afinado perfeitamente com a freqüência da emissora; se a emissora, por exemplo, emite uma onda de freqüência 100, o meu receptor só reage a essa onda e recebe-a quando está sintonizado com a freqüência 100; só neste caso, o meu receptor tem fé, fidelidade, harmonia ou está em consonância com a emissora.


Se o espírito humano não está sintonizado com o espírito de Deus, ele não tem fé, embora talvez creia. Esse homem pode, em teoria, aceitar que Deus existe, e apesar disso, não ter fé. Ter fé é estar em sintonia com Deus, tanto pela consciência como também pela vivência, ao passo que um homem sem sintonia com Deus pela consciência e pela vivência, pela mística e pela ética, pode crer vagamente em Deus.

Crer é um ato de boa vontade; ter fé é uma atitude de consciência e de vivência. A conhecida frase “quem crer será salvo, quem não crer será condenado”, é absurda e blasfema no sentido em que ela é geralmente usada pelos teólogos. Mas, se lhe dermos o sentido verdadeiro, ela está certa, porque a salvação não é outra coisa senão a harmonia da consciência e da vivência com Deus.

A substituição de “ter fé” por “crer” há quase dois mil anos desviou a teologia e deturpou profundamente a mensagem do Cristo.



Autor: Huberto Rohden




“A Gnose é a plenitude do conhecimento, na qual culminam a Fé e a Filosofia. Querer chegar à Gnose sem Filosofia, sem dialética e sem o estudo da natureza é pretender colher as uvas sem cultivar a vinha. Para chegar até ela há que ascender, mediante a Fé, penetrar os segredos das Escrituras encobertas debaixo do véu das alegorias e conhecer os ensinamentos secretos do Senhor, transmitidos pela Tradição aos Apóstolos, especialmente a Pedro, Santiago, João e Paulo, e, destes aos demais.Seu objeto é o conhecimento de Deus, que é a causa mais além de todas as causas, e do Logos que é a verdade por essência. É um conhecimento eminente, esotérico, reservado a uma minoria muito seleta, contraposto ao conhecimento esótérico que está destinado ao comum dos fiéis. É uma iluminação, uma compreensão, um estado habitual de contemplação, conhecimento intuitivo e afetivo da causa suprema de todas as coisas, que produz uma certeza absoluta. É a Perfeição da caridade, própria do Novo Testamento. Para se chegar a esta contemplação é necessário uma dupla preparação. Uma purificação moral, mediante a prática das virtudes, e uma preparação intelectual semelhante à uma iluminação. Depois vem os ‘pequenos mistérios’ com seus ensinamentos próprios e finalmente ‘os grandes mistérios’, nos quais se contempla o Logos. Quando se chega a este grau, a alma gnóstica é uma imagem do Logos, e intui a Deus face a face, ainda que a contemplação perfeita só se consiga depois da morte. Gnóstico é o que vive unido a Deus pela Caridade e pelo Conhecimento, e que dominou suas paixões conseguindo um equilíbrio e uma imperturbabilidade absolutos. Assim se chega a apatia, que consiste na imunidade de toda paixão que possa perturbar a paz e tranquilidade da alma. O gnóstico compreende o que aos demais parece incompreensível. Não há nada obscuro para ele. Tudo sabe, e por isso pode também ensinar. Muitos escutam a palavra divina, que é a refeição da alma, mas nem todos compreendem a grandeza da Gnose, e menos ainda são os que obram segundo a vontade do Senhor, que é a água da vida gnóstica. O gnóstico contempla a luz e a verdade. Quanto mais simples são seus desejos, tanto maior é sua união com Deus. O gnóstico imita a Deus e server seus próximos com caridade. As características do gnóstico são três: conhecer o Logos; agir segundo o Logos; e ensinar os demais as coisas ocultas acerca da verdade.”

                                                              Maria Madalena
Gnose - Madalena
                                                                     












AS ORIGENS DA MAGIA

Alegoricamente, no livro apócrifo de Enoque, está escrito que a Magia foi ensinada pelos anjos que se deixaram cair do céu para amar as filhas dos homens. Segundo Eliphas Levi, os filhos do céu são os Iniciados, os Magos, os sacerdotes antigos, os detentores dos segredos da Alta Ciência.

Os filhos do céu, seduzidos ou embriagados pelas forças magnéticas da natureza, concentradas nas filhas dos homens, acabaram, pela primeira vez, numa época muito distante da atual, trocando seu cetro de poder pelo Osso de Onfale ou seus segredos mais poderosos pelos feitiços, pelas paixões humanas. Vale dizer que a volúpia, a paixão, a força cega (ódica) de Eros destronou os brilhantes filhos dos céus nos primórdios da humanidade terrestre. Tanto Adão quanto os magos foram seduzidos pela mesma serpente que até nossos dias atrai e ilude ricos e pobres, crentes e descrentes, santos e depravados.



Para se chegar à Alta Magia é preciso escalar, cuidadosamente, o tronco da Árvore da Vida e o tronco da Árvore do Bem e do Mal. Moisés, Davi, Salomão, Krishna, Buddha, Pitágoras, Platão, Jesus, Maomé, todos tiraram dessas duas árvores cabalísticas seus poderes e cetros de reis, sacerdotes, magos, profetas ou, simplesmente, grandes seres. Portanto, é a Magia ou Alta Ciência destinada aos homens e mulheres que chegaram ao domínio da vontade, da imaginação e das paixões e fraquezas humanas. Há que se ter sempre em mente que a casta natureza não entrega as chaves da sua câmara nupcial aos adúlteros e fornicários.

Em Magia existem apenas duas categorias de pessoas: senhores e escravos. Todos nascem escravos de suas necessidades. Hoje, mais que no passado, novas necessidades foram e estão sendo inventadas e mantidas por um aparato publicitário, sustentado pela indústria do consumo. É possível a libertação dessas necessidades. Em Magia isso é indispensável porque não há como nivelar senhores e escravos em nome de um falso conceito igualitário efraternal. A inteligência deve governar e o instinto obedecer. Está escrito, no gigantesco livro aberto da natureza, que são os homens livres que devem governar e conduzir os escravos. Isso não quer dizer, de forma alguma, que os escravos sempre serão escravos. Ou que os senhores devem fazer e manter sistemas de escravidão como muitos acreditam, fizeram e querem fazer crer. Pelo contrário: os escravos estão sendo chamados, permanentemente, a se libertarem. Contudo, não entendem a liberdade, não querem a liberdade. Sonham com uma liberdade feita à sua imagem e extensão, onde tudo, hedonisticamente, é possível e legítimo, acima e além de todas as leis que criaram e mantêm o universo. A liberdade, por conseguinte, não consiste em legalizar ou autorizar a prática de vícios, prazeres, paixões ou cultos hedonísticos. Isso seria a pior e a mais perversa de todas as tiranias. A liberdade é um estado de consciência e consiste em obedecer, voluntariamente, às leis que geram e sustentam a vida. São as paixões e apegos individuais que levam à existência e ao estabelecimento de leis, governos e sistemas conduzidos por homens livres. São os escravos, em última análise, que fazem necessária a existência de senhores — e não o contrário. Compreende-se aqui, então, por que os poderes da Alta Ciência não podem e nem são entregues aos ambiciosos, gananciosos, cúpidos, intrigantes, caluniadores, etc.

A Atlântida afundou porque seus sacerdotes prostituíram a Magia. A atual civilização também já se condenou ao desaparecimento, primeiro porque profanou os Mistérios e, depois, porque deixou de seguir seus preceitos. Não existe retrato mais vivo e candente da inversão de princípios que o da civilização atual. Hoje, são os escravos que governam e fazem as leis. A conseqüência é o caos social, fruto da tirania econômica e política, e de um perverso desnivelamento de valores, bens e riquezas que Deus e a natureza nos dão. Nem Deus nem a natureza geram reis e escravos. Todos nascem para trabalhar; todos nascem operários da Grande Obra do Creador. Contudo, há operários que se negam a trabalhar. Mesmo assim, o Grande Arquiteto do Universo respeita o livre arbítrio. Mas, para manter a ordem e poder respeitar o livre arbítrio dessas criaturas, que preferem não trabalhar na Grande Obra, são estabelecidas leis e sistemas. Ou seja: a decisão do homem de não colaborar com o Plano Divino levou Deus a estabelecer a Hierarquia para que as Leis pudessem ser aplicadas. Deveriam aprender, os governantes e políticos do mundo inteiro, que só dentro da Hierarquia pode haver Liberdade, Igualdade e Fraternidade, hierarquia essa que só pode existir dentro dos valores da Consciência, da Alma, do Ser, e não do Intelecto ou da Personalidade ou do Ego.

Por tudo isso, por toda a realidade escondida atrás dessas palavras, é que se pode afirmar que, entregar os segredos da Magia ao povo ignorante, é o mesmo que expor a nudez paterna à curiosidade dos estranhos — como relata a Bíblia na passagem referente a Noé. O próprio Mestre Jesus alertava seus discípulos com estas palavras:

“Não deis aos cães as coisas santas, nem deis aos porcos as vossas pérolas, para que não aconteça que as pisem com os pés, e, voltando-se, vos despedacem.” (Mat. VII, 6.).

FLORES DE AÇO - Hatshepsut

                                                        Pode ter sido a primeira mulher que governou como um Faraó na 18a. Dinastia. Seu reinado foi por cerca de 22 anos de prosperidade e relativa paz. Nasceida na cidade de Tebas, era filha mais velha de Tutmés I e a Rainha Ahmose. Quando o seu pai morreu Hatshepsut teria cerca de quinze anos (para alguns egiptólogos teria vinte anos). Casou com seu meio-irmão, Tutmés II, seguindo um costume que existia no Antigo Egito que consistia em membros da família real casarem entre si. Após a morte de Tutmés II, cujo reinado é pouco conhecido, o enteado de Hatshepsut, Tutmés III, era ainda uma criança que não estava apta a governar. Por esta razão Hatchepsut, na qualidade de grande esposa real do rei Tutmés II, assumiu o poder como regente na menoridade de Tutmés III. Mais tarde, Hatchepsut decidiu assumir a dignidade de faraó.
Click to see an enlarged picture                     

Mais poderosa que Nefertiti e Cleopatra, seu poder e influência foram além das fronteiras do Egito, vestia-se como rei e usava uma barba falsa, sendo tudo inédito para o povo egipcio: uma mulher faraó, roupas masculinas, barbas e fez a economia florescer. Construiu templos magníficos e como já dito, expandiu as fronteiras de seu império.Ela proporcionou as mulheres autorização de propriedade e para os cargos de oficial. Elas receberam direitos de herança dos familiares falecidos e foram autorizadas a apresentar seus casos no tribunal. As mulheres do antigo Egito tinham mais liberdade, ao contrário de outras culturas antigas como a Grécia, onde as mulheres deveriam ficar em casa.
                                     

Hatshepsut foi uma mulher muito original e inteligente. Ela usou várias estratégias para legitimar sua posição como faraó. Não só ela anunciar-se como faraó e fabricar uma co-regência com seu pai (Tutmés I), mas ela também tentou fazer-se mais endeusada pela invenção de histórias com o apego aos deuses. Ela fez isso, fazendo parecer como se os deuses tinha falado com ela e sua mãe, enquanto ela ainda estava no seu ventre. Hatshepsut enganou seus súditos e para o público inculto, indicando que Amon-Ra tinha visitado a mãe grávida no templo de Deir el-Bahri, no Vale dos Reis.

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                 
                                                                             
Havia muitas figuras proeminentes durante o seu reinado,mas, sem dúvida uma foi importante,i Senenmut que nasceu de uma família humilde de Armant. Ele chegou a ser conhecido como o porta-voz de Hatshepsut e mordomo da família real. Além disso, ele era conhecido como superintendente das construções do deus Amon. Durante os últimos anos, Hatshepsut tinha instalado obeliscos no templo de Amon-Rá em Karnak. Senenmut supervisionou o transporte e montagem dos obeliscos, bem como o templo mortuário que foi construída para Hatshepsut em Deir el-Bahri.

    

Parece que ele deve ter sido muito bem defendido pela rainha pois tinha uma tumba separada construída perto da tumba de Hatshepsut para si. Ele tinha essa segunda tumba cavada na frente do túmulo da rainha Hatshepsut, apesar de possuir uma outra tumba em xeque Abd el-Qurna. Durante o reinado de Hatshepsut, fofocas (a língua do povo.. isso não muda!)diziam que a fortuna de Senenmut era resultado de suas relações íntimas com a rainha. Para adicionar a esta conclusão, foi ainda alimentada pelo fato de que ele desempenhou um grande papel na educação dos Neferure Hatshepsut única filha da Rainha Faraó. Seu irmão, Senimen, também atuou como enfermeiro e um administrador para Neferure e isso causou mais boatos desenfreados. Diversas estátuas foram encontradas associando Senenmut Neferure com a princesa. A história mostra que Senenmut era uma figura proeminente durante três quartos do reinado de Hatshepsut e possivelmente depois da morte de Neferure (parece que ela morreu por volta do ano 11 do reinado de Hatshepsut).

A história também mostra que a construção do famoso templo de Deir el-Bahri foi provavelmente iniciado por Tutmés II e mais tarde acabou por rainha Hatshepsut. As paredes do templo retratam conquistas importantes, como a expedição de Punt, perto do Mar Vermelho. Esta expedição comercial trouxe muitas riquezas para o país.

A morte de Hatshepsut permanece um mistério. Parece que ela reinou por quinze anos e seu enteado, assumiu o trono depois de seu desaparecimento. Acredita-se também que o ódio de sua madrasta empurrou-o para apagar a memória de existência, e todas as representações da Rainha.

Ela parece ter tido mais medo do anonimato do que da morte. Ela foi uma das maiores construtoras de uma das mais importantes dinastias egípcias. Ela levantou e renovou templos e santuários do Sinai até a Núbia. Os quatro obeliscos de granito que ela ergueu no vasto templo do grande deus Amon em Karnak estavam entre as obras mais magníficas já construídas. Ela encomendou centenas de estátuas de si mesma e deixou as contas em pedra de sua linhagem, seus títulos, sua história, reais e inventadas, até mesmo seus pensamentos e esperanças, que às vezes ela confidenciou com franqueza incomum. Expressões de preocupação Hatshepsut gravado em um de seus obeliscos em Karnak ainda ressoam com uma quase charmosa insegurança: "Agora meu coração acha que desta forma as pessoas vão dizer quando olharem meus monumentos nos anos vindouros que eu realizei algo".